Cine Atlântida
Não se esconde não, bailarina
A cor da piscina a gente por ver, terá
Não será da cor da vitrine a porta do Cine Atlântida
A mais romântica do lugar
O tempo só dança e fascina
E cada menina acaba por começar
Ainda que o bom senso não assine
A força da primitiva alegria criva de luz o ar

Há quem não se cruze na esquina
É coisa de sina, até sem querer será
Não há instrumento que afine
O riso do menininho que eu fui no ninho se enrolará
Magnetizante é a crina, o pelo de cima
E a gente calvagará
Se bailarinando se exprime a dança
Que se me cabe quem é que saberia parar?