A Rota do Individuo Ferrugem
                          
                               Mera luz
  Que invade a tarde cinzenta
  E algumas folhas deitam sobre a estrada
  O frio é o agasalho
  Que esquenta
  O coração gelado
  Quando venta
  Movendo a água abandonada
  Restos de sonho
  Sobre um novo dia
  Amores nos vagões
  Vagões nos trilhos
  Parece que quem parte é a ferrovia
  Que mesmo não te vendo te vigia
  Como mãe, como mãe
  Que dorme olhando os filhos
  Com os olhos na estrada
  E no mistério solitário da penugem
  Vejo a vida correndo parada
  Como se não existisse chegada
  Na tarde distante
  Ferrugem ou nada
  
  
  © 1991 Luanda Edições Musicais Ltda.
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