Luanda
                          
                               Foi numa noite de luanda
  que um clarão me abalou em lobito
  como fosse um raio de susto, um facho místico
  talvez o sol tenha esquecido
  uma gota do dia na noite
  pra saciar a sede do espírito em seu pernoite
  ou foi o ar que incendiou
  num grito da mãe oxum
  dizendo: "menino, onde é que tu anda?
  Eu te batizo africamente
  com o fogo que deus lavrou tua semente"
  luanda, luanda, luanda, luanda
  luanda, luanda, luanda, luanda
  luanda, luanda, luanda, luanda
  
  
  
  
  © 1981 Edições Musicais Tapajós Ltda. (EMI)