Você E
                          
                               Sou um pouco árabe
  Vivo das paixões
  Há gerações
  Por Andaluzia
  Já cansei de andar
  Trago no meu canto
  Glórias ancestrais
  E posso morrer de amor
  Gitano eu sou
  O que eu tenho de índio
  Vai compartilhar
  Desilusões
  Triste, na floresta
  Em que nasceu pra amar
  Meu Deus, que pecado
  O que o homem faz
  Ao desfazer de tudo
  O que o índio é
  Eu sou negro ainda,
  Pra não contar com milagres
  E na ousadia
  Almejar a mais
  Sei que a vida é dura
  Mas ela é justa também
  E é só: só quem faz, tem!
  Já que nasceu, vai fundo e tudo bem
  Você nasceu pra tudo o que é seu
  Nem queira saber o quanto você tem
  Você é, você quer, você pode
  E se não se render
  Chega lá
  
  
  © 1998 Luanda Edições Musicais Ltda.