Soneto do Amor Total
                          
                               Amo-te tanto, meu amor... não cante
  O humano coração com mais verdade...
  Amo-te como amigo e como amante
  Numa sempre diversa realidade
  
  Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
  E te amo além, presente na saudade.
  Amo-te, enfim, com grande liberdade
  Dentro da eternidade e a cada instante.
  
  Amo-te como um bicho, simplesmente,
  De um amor sem mistério e sem virtude
  Com um desejo maciço e permanente.
  
  E de te amar assim muito e amiúde,
  É que um dia em teu corpo de repente
  Hei de morrer de amar mais do que pude.