Balada do Asfalto
                          
                               Me dê um beijo, meu amor
  Só eu vejo o mundo com meus olhos
  Me dê um beijo, meu amor
  Hoje eu tenho cem anos, hoje eu tenho cem anos
  
  E meu coração bate como um pandeiro num samba dobrado
  Vou pisando asfalto entre os automóveis
  Mesmo o mais sozinho nunca fica só
  Sempre haverá um idiota ao redor
  
  Me dê um beijo, meu amor
  Os sinais estão fechados
  E trago no bolso uns trocados pro café
  
  E o futuro se anuncia num out-door luminoso
  Luminoso o futuro se anuncia num out-door
  
  Há tantos reclamos pelo céu
  Quase tanto quanto nuvens
  Um homem grave vende risos
  A voz da noite se insinua
  E aquele filme não sai da minha cabeça
  E aquele filme não sai da minha cabeça
  
  Rumino versos de um velho bardo
  Parece fome o que eu sinto
  Eu sinto como se eu seguisse os meus sapatos por aí
  Eu sinto como se eu seguisse os meus sapatos por aí
  
  Há alguns dias atrás vendi minha alma a um velho apache
  Não é que eu ache que o mundo tenha salvação
  
  Mas como diria o intrépido cowboy, fitando o bandido indócil
  A alma é o segredo, a alma é o segredo
  A alma é o segredo do negócio
  
  By Giuvannucci e K-Brito