18 de junho 1946, nasceu Maria Bethânia Viana Teles Veloso Ela se chama Maria Bethânia porque seu irmão, Caetano Veloso, gostava muito de uma canção do mesmo nome, interpretada por Nelson Gonçalves: “...tu és para mim a senhora do engenho e em sonhos te vejo, Maria Bethânia és tudo o que tenho...”. Quando criança, queria ser atriz. Mas, porque Nara Leão ficou gripada, ela teve seu primeiro sucesso, como cantora, nos palcos do antológico show “Opinião”, substituindo Nara, em 13 de fevereiro de 1965. De lá para cá, foi apenas sucesso. É a cantora da música brasileira com mais discos vendidos: 26 milhões. Maria Bethânia Viana Teles Veloso nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, no dia 18 de junho de 1946. É a sexta filha do funcionário público dos Correios, José Teles Veloso e de Claudionor Viana, a dona Canô. No começo da carreira participou de shows amadores com Tom Ze, Gal Costa, Caetano e Gil, que estavam todos tentando se profissionalizar. Em 1963, cantou na peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues. Mas a data oficial de sua estréia é mesmo no Opinião, substituindo Nara, em fevereiro de 1965. Neste mesmo ano gravou seu primeiro disco e estourou com a música Cárcara. Vieram inúmeros discos e sucessos e Bethânia inovou nos palcos, fazendo shows entremeados com poemas e trechos de textos da literatura, uma fórmula que agradou muito ao público e, quase sempre, se transformou em discos gravados ao vivo. Foi ela quem inventou o grupo Doces Bárbaros, em 1976, do qual fazia parte ao lado de Gil, Caetano e Gal. O disco do grupo acabou virando tema de filme, DVD, enredo da Mangueira em 1994 e até uma apresentação especial para a rainha da Inglaterra. Em 1978 foi a primeira cantora brasileira a vender mais de um milhão de cópias de um único disco: Álibi. Repetiu a façanha em 1993, com o disco As Canções que Você Fez pra Mim, onde canta composições da dupla Roberto e Erasmo Carlos. Alguns de seus shows estão entre os mais importantes da história da nossa música, como Rosa dos Ventos, de 1971. Chico Buarque, Caetano, Gil, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Noel Rosa, Gonzaguinha, Milton Nascimento, Jorge Portugal, Roberto Mendes e Roberto e Erasmo Carlos são os compositores que ela mais gravou. Roberto Carlos a chama de “minha rainha”. Em 2001, quando já vendera quase 20 milhões de discos, Bethânia deixou as grandes gravadoras, onde sempre atuara, para ir para a independente Biscoito Fino, de Olivia Hime. Em 2003, monta sua própria gravadora – Quitanda – para poder gravar, sem se preocupar com os aspectos comerciais, o que realmente deseja cantar e, ainda, lançar novos artistas. Bethânia é também diretora, já tendo dirigido espetáculos com Caetano e com Alcione. Em 2005, foi tema de filme documentário: Música É Perfume. Em 2006, ganhou, pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio Tim de música, com três prêmios: Melhor cantora, melhor DVD (Tempo Tempo Tempo Tempo) e melhor disco (Que Falta Você me Faz, uma homenagem a Vincius). Seus dois últimos discos foram lançados simultaneamente: Pirata, onde canta os rios do interior e Mar de Sophia, onde canta o mar em versos da poeta portuguesa Shopia Breyner. O espetáculo de lançamento tem o título Dentro do Mar Tem Rio, com direção de Bia Lessa e roteiro de Fauzi Arap, que acompanha a cantora desde o show Rosa dos Ventos, de 1971. Discos de Bethânia (40 discos lançados, excluindo os compactos: 27 de estúdio e 13 ao vivo) • 1965 - Maria Bethânia • 1966 - Maria Bethânia canta Noel Rosa • 1967 - Edu e Bethânia - com Edu Lobo • 1968 - Recital na Boite Barroco - ao vivo • 1969 - Maria Bethânia • 1970 - Maria Bethânia Ao Vivo • 1971 - Vinícius + Bethânia + Toquinho - En La Fusa (Mar del Plata) - ao vivo • 1971 - A Tua Presença • 1971 - Rosa dos Ventos - ao vivo • 1972 - Quando o Carnaval Chegar (trilha sonora do filme, com Chico Buarque e Nara Leão) • 1972 - Drama • 1973 - Drama 3º ato - ao vivo • 1974 - A cena muda - ao vivo • 1975 - Chico Buarque e Maria Bethânia - ao vivo • 1976 - Pássaro Proibido • 1976 - Doces Bárbaros - com Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil - ao vivo • 1977 - Pássaro da Manhã • 1978 - Maria Bethânia e Caetano Veloso Ao Vivo • 1978 - Álibi • 1979 - Mel • 1980 - Talismã • 1981 - Alteza • 1982 - Nossos Momentos - ao vivo • 1983 - Ciclo • 1984 - A Beira e o mar • 1986 - Dezembros • 1988 - Maria • 1989 - Memória da Pele • 1990 - Maria Bethânia - 25 anos • 1992 - Olho d'Água • 1993 - As canções que você fez pra mim • 1994 - Las canciones que hiciste para mi - espanhol • 1995 - Maria Bethânia Ao Vivo • 1996 - Âmbar • 1997 - Imitação da vida - ao vivo • 1998 - A Força que nunca seca • 1999 - Diamante Verdadeiro - ao vivo • 2000 - Cânticos, Preces e Súplicas à Senhora dos Jardins do Céu (tiragem limitada de dois mil cópias) • 2001 - Maricotinha • 2002 - Maricotinha Ao Vivo • 2003 - Cânticos, Preces e Súplicas à Senhora dos Jardins do Céu - edição comercial • 2003 - Brasileirinho • 2005 - Que falta você me faz (músicas de Vinícius de Moraes) • 2006 - Mar de Sophia • 2006 - Pirata Participações em 43 albúns de vários artistas e coletâneas Livros
Encouraçado nos agasalhos Nessa vaguíssima avenida Nessa lentíssima espreguiçadeira No seio dessa tarde confortável Eu bandoleiro Eu o proscrito Eu o fora da lei E o que fazer Eu quero, eu quero, eu quero