Flor No Chao
Saio por ai a rodar no chão
Do meu sertão a saia de oxum

Voando leve feito colibri no céu
Abelha rainha no favo de mel

Meu candeeiro ainda aceso
Não se queixou que o vento soprou
Nada derruba o fogo da lamparina

Limpei tudo, enchi balão
E soltei flor no chão
Quando vi que a porteira abriu

Feito criança, corri alegremente
Sorriso largo e peito aberto
Abençoai a volta do meu bem querer

Nada tem mais valor
Nada tem mais sabor
Que água doce na terra seca
Matai a sede de amor no coração