O Circo
                          
                               Quando a noite vem
  Um verão assim
  Abrem-se cortinas, varandas, janelas
  Prazeres, jardins
  Onze e meia alguém
  Concentrado em mim
  No espelho castanho dos olhos
  Vê finalidades sem fins
  
  Não lhe mostro todos os bichos
  Que tenho de uma vez
  Armo o circo com não mais
  Do que uns cinco ou seis
  
  Leão, camelo, garoto, acrobata
  E não há luar
  E os deuses gostam de se disfarçar