Estorias da Floresta
A brisa acorda a brasa que dormia
O rio aquece sua água fria
Onde a onça bebe, a serpente espia
A mata estranha o que traz o dia
A lua vai indo, nos deixa sem guia
Sol não aparece e a coruja pia
A gente se encolhe na manhã vazia
Já não há quem fale e quem é que poderia
A noite de volta, qual é a magia
Que desperta o medo que eu escondia
Qual é o mistério qual a maestria
Que pára a orquestra em plena sinfonia
O sol de repente traz a luz tardia
E a alegria espalha em cantoria
Onde havia espanto só há ousadia
Foi só brincadeira de um curumim