Pieta
                          
                               Guardo teu olhar comigo
  Tenho teu manto abrigo
  Vem me amparar, vem me trazer
  A voz que pode me socorrer
  Pra não sofrer a hora má
  Deixo meu corpo em teu coração
  
  Sabes acalmar as horas
  Grave a paixão que choras
  Mas vem quebrar com tuas mãos
  As duras setas do padecer
  Pedra do céu, fogo do ser
  Quieta me abre teu coração
  
  Deito em teu peito largo
  Guardo todo pranto amargo
  Prometo a ti dia virá
  Verás o filho te proteger
  Te consolar e recolher
  A flor de sangue da solidão
  
  Foi piedade que inventaram
  Foi seu povo que me deu
  Sua mão forte de mulher
  Quando tudo escureceu
  Foi o mundo que me deixou
  Para sempre este cravo
  Este cravo, minha paixão
  Que é a luz do teu rosto
  
  Guardo sobre a pedra fria
  Dobras de minha alegria
  Vem me amparar, vem me trazer
  A voz que pode me proteger
  És minha mão, és meu querer
  Piedade és toda mulher
  
  Guardo teu olhar comigo
  Tenho teu manto abrigo
  Vem me amparar, vem me trazer
  A voz que pode me socorrer
  Pra não sofrer a hora má
  Deixo meu corpo em teu coração
  
  Sabes acalmar as horas
  Grave a paixão que choras
  Mas vem quebrar com tuas mãos
  As duras setas do padecer
  Pedra do céu, fogo do ser
  Quieta me abre teu coração
  
  Deito em teu peito largo
  Guardo todo pranto amargo
  Prometo a ti dia virá
  Verás o filho te proteger
  Te consolar e recolher
  A flor de sangue de soledad