Lar Hospitalar
                          
                               Eu que empunho armas feitas de poesia e som
  Eu que testemunho dramas da canção fugaz
  Eu que experimento o quanto a fantasia é bom
  Alimento para a paz
  
  E eu mesmo agora, tenho que lhe ouvir gritar
  Aos berros que a vida é pura maldição
  Que o mundo é feito só para os eleitos
  Que houve sempre fraude na tal da eleição
  
  Portanto, só queimando tudo
  Só matando meio mundo
  Só pondo a outra metade no poder
  Você no comando, sempre vigiando
  Pra ninguém se corromper
  
  Finda a banda podre, linda a banda nobre
  Sobe a velha rampa e altiva vem reinar
  Com imunidades contra o vírus da maldade,
  Com certeza, com pureza, com limpeza
  Hospitalar, hospitalar, no seu lar hospitalar
  Lar, hospitalar
  
  Eu que moro onde o pecado mora ao lado
  E me visita sempre no verão
  Eu que já fui preso por porte de baseado
  É baseado nisso que eu lhe digo não, não, não
  
  Não vou fazer seu coro, seu sermão
  A não ser que você possa instalar
  O chip da ignorância em minha cuca
  A não ser que você consiga me reprogramar
  Reprogramar, me reprogramar, reprogramar