A Volta da Asa Branca
                          
                               Já faz três noites que pro norte relampeia
  A Asa Branca ouvindo o ronco do trovão
  Já bateu asa e já voltou pro meu sertão
  Ai, ai eu vou-me embora, vou cuidar da plantação
  Já bateu asa e já voltou pro meu sertão
  Ai, ai eu vou-me embora, vou cuidar da plantação
  
  A seca fez eu desertar da minha terra
  Mas felizmente Deus agora se alembrou
  De mandar chuva pra esse sertão sofredor
  Sertão das muié séria, dos homens trabaiador
  De mandar chuva pra esse sertão sofredor
  Sertão das muié séria, dos homens trabaiador
  
  Rios correndo, as cachoeiras tão zoando
  Terra moiada, mato verde, que riqueza
  E a Asa Branca à tarde canta, que beleza
  Ai, ai, o povo alegre, mais alegre a natureza
  E a Asa Branca à tarde canta, que beleza
  Ai, ai, o povo alegre, mais alegre a natureza
  
  Sentindo a chuva me recordo de Rosinha
  A linda flor do meu sertão pernambucano
  E se a safra não atrapalhar meus planos
  Que que há, o seu vigário, vou casar no fim do ano
  E se a safra não atrapalhar meus planos
  Que que há, o seu vigário, vou casar no fim do ano