Sede de Carinho
                          
                               Na grande escola da vida
  A gente aprende a viver
  No palco do bem querer
  Se aprende a arte de amar
  
  No recanto do desprezo
  Se aprende a viver sozinho
  E na ausência de carinho
  A gente aprende a cantar
  
  No recanto do desprezo
  Se aprende a viver sozinho
  E na ausência de carinho
  A gente aprende a cantar
  
  Ser poeta é viver cantando
  Mas com a alma inconsolada
  É ter tudo e não ter nada
  Qual flor que morre na lama
  
  Ser poeta é querer dar vida
  Ao amor que a sorte trunca
  Ser poeta é não ter nunca
  A mulher que a gente ama
  
  Ser poeta é querer dar vida
  Ao amor que a sorte trunca
  Ser poeta é não ter nunca
  A mulher que a gente ama
  
  Por isso tornei-me poeta
  Mas não canto de alegria
  É que a mulher que eu queria
  Tomou rumo diferente
  
  Quanto mais tento esquecê-la
  Mais minha saudade cresce
  Porque a gente nunca esquece
  De quem esquece da gente
  
  Quanto mais tento esquecê-la
  Mais minha saudade cresce
  Porque a gente nunca esquece
  De quem esquece da gente
  
  Na sombra dos desenganos
  Minha alma triste vegeta
  Meus lindos sonhos de poeta
  Aos bandos também se vão
  
  Igual ave do sertão
  Vou procurar outro ninho
  Pra que a sede de carinho
  Não mate meu coração
  
  Igual ave do sertão
  Vou procurar outro ninho
  Pra que a sede de carinho
  Não mate meu coração