História de Um Boiadeiro
                          
                               Numa festa diferente
  Me chamaram pra cantar
  Me fizeram uma desfeita
  Quase a ponto de eu chorar
  
  Era gente da cidade
  Que nem conhece o sertão
  Não sabe que um violeiro
  Traz no peito um coração
  
  Mas eu não tenho vergonha
  De dizer que sou caipira
  E a fé que trago no peito
  Ninguém rouba, ninguém tira
  (E a fé que trago no peito
  Ninguém rouba, ninguém tira)
  
  A moda fiz de improviso
  Foi só pra me defender
  Eu canto só porque gosto
  Não vim pra me aborrecer
  
  Arroz, verdura e feijão
  Que se come na cidade
  Quem planta é o sertanejo
  Com muita felicidade
  
  Mas eu não tenho vergonha
  De dizer que sou caipira
  E a fé que trago no peito
  Ninguém rouba, ninguém tira
  (E a fé que trago no peito
  Ninguém rouba, ninguém tira)