Cristais do Tempo
                          
                               Como são belos esses cristais
  Que transparecem como manhãs
  Embolam coisas em precipícios
  Em cada ofício de suas mães
  Eles imperam nos arrebóis
  Nas carabinas e furacões
  Em cada rosto é tão difícil
  Ver o ofício de suas mãos
  Nos olhares desses meninos
  Há o silêncio que há no fogo
  E o clarão das capitais
  E eles dormirão nos ventos
  Encobertos e atentos
  Haverão de sufocar
  Os milhares de venenos
  Que situam-se nas fontes
  Nos olhares dos pequenos
  Que veriam adamastor