Sangue e Pudins
                          
                               Não quero saber quem sou: morro de medo!
  Nem quero saber aonde vou: é muito cedo;
  Talvez se eu arrancasse de minha língua o sinal;
  Talvez se eu inventasse o juízo final;
  Talvez se eu prometesse sangue e pudins;
  Ou se durasse a roupa dos querobins;
  Mas o que eu quero saber é o que apronta esse lado do terro;
  E o que faz o sossego morar no que está posto;
  
  Não guardo segredo, mas sou bem secreto; bem secreto;
  É que eu mesmo não acho a chave de mim;
  Não guardo segredo, mas sou bem secreto; BEM SECRETO!
  É que eu mesmo não acho a chave de mim;