Terno de Missa
                          
                               Começo a contar peça
  Meu povo arremessa uma moda no ar
  Misto de verso bonito
  E canção de bendito se houve acolá
  
  Êta gente que reza
  Que pensa e que pesa os favores do céu
  Quem não canta, improvisa
  Suando a camisa, comendo o chapéu
  
  Segundo ato da peça
  O povo recomeça mudando o refrão
  Agora a coisa é mais tensa
  Se nota a presença de um pelotão
  
  Atrapalhando a palestra
  Explode na festa um provocador
  E o povo na praça se cala
  No ronco da fala de um trabalhador
  
  Fecha-se o pano da peça
  Alguém vem depressa enxugar seu suor
  Entre abraços e beijos
  Vem francos desejos de um ato melhor
  
  Povo de amor mais profundo
  Poeta do mundo é teu redentor
  Vamos cantando e quem sabe
  Tudo não se acaba num parto sem dor
  
  Povo de amor mais profundo
  Poeta do mundo é teu redentor
  Vamos cantando e quem sabe
  Tudo não se acaba num parto sem dor
  
  Ou num ato de amor