Água de Meninos
Na minha terra a Bahia
Entre o mar e a poesia
Tem um porto,Salvador
As ladeiras da cidade
Descem das nuvens pro mar
E num tempo que passou-ô ô ô
Toda a cidade descia
Vinha pra feira comprar.

Água de Meninos,quero morar
Quero rede e tangerina
Quero o peixe desse mar
Quero o vento dessa praia
Quero azul,quero ficar
Com a moça que chegou
Vestida de rendas,ô
Vinda de Taperoá.

Por cima da feira as nuvens
Atrás da feira,a cidade
Na frente da feira o mar
Atrás do mar,a marinha
Atrás da marinha,o moinho
Atrás do moinho o governo
Que quis a feira acabar(Bis)

Dentro da feira,o povo
Dentro do povo,a moça
Dentro da moça,a noiva
Vestida de rendas,ô
Abre a roda pra sambar.

Moinho da Bahia queimou
Queimou,deixa queimar
Abre a roda pra sambar.

A feira nem bem sabia
Se ía pro mar ou subia
E nem o povo queria
Escolher outro lugar
Enquanto a feira não via
A hora de se mudar.
Tocaram fogo na feira
Ai,me dia,mi'a sinháPra onde correu o povo
Pra onde correu a moça
Vinda de Taperoá ?...

Água de Meninos chorou
Caranguejo correu pra lama
Saveiro ficou na costa
A moringa rebentou
Dos olhos do barraqueiro
Muita água derramou.

Água de Meninos chorou
Quem ficou foi a saudade
Da noiva dentro da moça
Vinda de Taperoá
Vestida de rendas,ô
Abre a roda pra passar.

Moinho da Bahia queimou
Queimou,deixa queimar
Abre a roda pra sambar
Pra sambar...Pra sambar...