Serafim
                          
                               Quando o agogô soar
  O som do ferro sobre o ferro
  Será como o berro do carneiro
  Sangrado em agrado ao grande Ogum
  
  Quando a mão tocar no tambor
  Será pele sobre pele
  Vida e morte para que se zele
  Pelo orixá e pelo egum
  
  Kabieci lê - vai cantando o ijexá pro pai Xangô
  Eparrei, ora iêiê - pra Iansã e mãe Oxum
  "Oba bi Olorum koozi": como deus, não há nenhum
  
  Será sempre axé
  Será paz, será guerra, serafim
  Através das travessuras de Exu
  Apesar da travessia ruim
  
  Há de ser assim
  Há de ser sempre pedra sobre pedra
  Há de ser tijolo sobre tijolo
  E o consolo é saber que não tem fim
  
  Kabieci lê - vai cantando o ijexá pro pai Xangô
  Eparrei, ora iêiê - pra Iansã e mãe Oxum
  "Oba bi Olorum koozi": como deus, não há nenhum