Cajuina Refazenda
                          
                               Existirmos, a que será que se destina
  Pois quando tu me deste a rosa pequenina
  Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
  Do menino infeliz não se nos ilumina
  Tampouco turva-se a lágrima nordestina
  Apenas a matéria vida era tão fina
  E éramos olharmos-NOS na intacta retina
  Da cajuína cristalina em Teresina
  
  Existirmos, a que será que se destina
  Pois quando tu me deste a rosa pequenina
  Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
  Do menino infeliz se nos ilumina
  Tampouco turva-se a lágrima nordestina
  Apenas a matéria vida era tão fina
  E éramos olharmos-NOS na intacta retina
  Da cajuína cristalina em Teresina
  
  Abacateiro
  Acataremos teu ato
  Nós também somos do mato
  Como o pato e o leão
  Aguardaremos
  Brincaremos no regato
  Até que nos tragam frutos
  Teu amor, teu coração
  Abacateiro
  Teu recolhimento é justamente
  O significado
  
  Da palavra temporão
  Enquanto o tempo
  Não trouxer teu abacate
  Amanhecerá tomate
  E anoitecerá mamão
  Abacateiro
  Sabes ao que estou me referindo
  Porque todo tamarindo tem
  O seu agosto azedo
  Cedo, antes que o janeiro
  Doce manga venha ser também
  Abacateiro
  Serás meu parceiro solitário
  Nesse itinerário
  Da leveza pelo ar
  Abacateiro
  
  Saiba que na refazenda
  Tu me ensina a fazer renda
  Que eu te ensino a namorar
  Refazendo tudo
  Refazenda
  Refazenda toda
  Guariroba