Minha Princesa Cordel
                          
                               Minha princesa,
  quanta beleza coube a ti
  Minha princesa,
  quanta tristeza coube a mim
  
  Na profundeza
  O amor cavou
  O amor furou fundo no chão
  No coração do meu sertão
  No meu torrão natal
  Meu berço natural
  Meu ponto cardeal
  Meu açúcar, meu sal
  
  Oh meu guerreiro,
  o teu braseiro me queimou
  Oh meu guerreiro,
  meu travesseiro é teu amor
  Meu cangaceiro,
  que me pegou, me carregou
  que me plantou no seu quintal,
  me devolveu minha casa real
  Minha alma original
  Meu vazo de cristal
  E o meu ponto final
  
  Nossos destinos
  Desde meninos dão-se as mãos
  Nossos destinos
  De pequeninos eram irmãos
  
  E os desatinos
  também tivemos que vivê-los bem juntinhos
  E os caminhos nos trouxeram
  pra esse lugar
  A que vamos ficar
  Amar, viver, lutar
  Até tudo acabar