Chororo
                          
                               Tenho pena de quem chora
  De quem chora tenho dó
  Quando o choro de quem chora
  Não é choro, é chororô
  
  Quando uma pessoa chora seu choro baixinho
  De lágrima a correr pelo cantinho do olhar
  Não se pode duvidar
  Da razão daquela dor
  Não se pode atrapalhar
  Sentindo seja o que for
  
  Mas quando a pessoa chora o choro em desatino
  Batendo pino como quem vai se arrebentar
  Aí, penso que é melhor
  Ajudar aquela dor
  A encontrar o seu lugar
  No meio do chororô
  
  Chororô, chororô, chororô
  É muita água, é magoa, é jeito bobo de chorar
  Chororô, chororô, chororô
  É mágoa, é muita água, a gente pode se afogar
  
  Chororô, chororô, chororô
  É muita água, é magoa, é jeito bobo de chorar
  Chororô, chororô, chororô
  É mágoa, é muita água, a gente pode se acabar